sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

metáfora

já desconfio há algum tempo que, na verdade, todas as figuras de linguagem são variações da metáfora, compreendendo metáfora no sentido de co-ordenação simbólica, ou um símbolo cuja função é ocupar, com o mesmo valor, o lugar de outro objeto (ou semantema). senão, vejamos: hipérbole: metáfora do exagero; eufemismo: metáfora da atenuação; aliteração: metáfora sonora; antítese: metáfora da oposição; onomatopeia: metáfora de imitação sonora; pleonasmo: metáfora da repetição, e por aí vamos. mas e a metonímia, adversária aparentemente feroz da metáfora, sua rival filosófica, já que parte da lógica, enquanto a metáfora seria só símbolo? ela que não fique se achando, porque, se bobear, é um tipo de metáfora também, já que sua lógica, me perdoem os linguistas, não é tão lógica assim.

2 comentários:

  1. A METÁFORA DA "VERDADE"


    a minha verdade é uma metáfora;

    sempre vem entre véus.

    e a tua verdade, como se comporta?

    ela atenua o teu erro

    ela adentra em outros segmentos?

    que verdade é transparente?

    que metáfora é desculpável?

    a minha metáfora é o meu caminho:

    deixa sempre margem para mil interpretações.

    metáfora é isso mesmo

    como a verdade que nós impõem

    e que a engolimos! (?)...

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  2. eu achava que a metonímia era a metáfora da metáfora.

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