talvez a principal (ou única) função de saber sobre um terremoto distante seja saber que não se pode fazer nada sobre isso e constatar, assim, nossa cada vez maior impotência diante de (quase) tudo.
Tenho estado alheia às grandes catástrofes; alheia do latim alienus, para não ficar mentalmente - mais - pertubada que já estou. Negar o que se vê, deixar de lado o que causa dor; exercitar a prática do não sentir. Porém, franzindo a testa, medito que o negar a sí o homem é obrigado a ver sua imagem refletida no outro; o descaso consigo refletido em seu planeta. E para continuar alienada ouço no rádio uma canção bobinha: "o sertão vai virar mar; dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão...".
meus livros: livro dos começos (cosac & naify); írisz: as orquídeas (companhia das letras); o que os cegos estão sonhando (ed.34); a verdadeira história do alfabeto (companhia das letras); todas as coisas pequenas (hedra); do princípio às criaturas (capes); folha explica macunaíma (publifolha); ver palavras, ler imagens (global);quando nada está acontecendo (selo martins)
quando sentimos uma dor , mesmo sabendo que ninguém pode ajudar, ainda assim queremos que alguém saiba o quanto dói.
ResponderExcluirVulneráveis.Sempre.
ResponderExcluirTenho estado alheia às grandes catástrofes; alheia do latim alienus, para não ficar mentalmente - mais - pertubada que já estou. Negar o que se vê, deixar de lado o que causa dor; exercitar a prática do não sentir. Porém, franzindo a testa, medito que o negar a sí o homem é obrigado a ver sua imagem refletida no outro; o descaso consigo refletido em seu planeta. E para continuar alienada ouço no rádio uma canção bobinha: "o sertão vai virar mar; dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão...".
ResponderExcluirTerremoto - Somos o quase nada perto do quase tudo
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