quinta-feira, 7 de abril de 2011

corpo

o tempo passa e o corpo, filho do tempo, mais sábio do que a alma, que ambiciona a eternidade, vai rumando para baixo. os seios e as nádegas caem, a coluna verga um pouco, a pele cede. o corpo vai parando de resistir e se aproximando da terra, onde ele vai terminar. a mente, burra, fica tentando subir.

5 comentários:

  1. É uma realidade crua, muito dura de se aceitar. É por isso que o ser humano busca na religião alguma declaração, algum testamento, algo que lhe assegure a existência eterna.
    Parabéns,Noemi!
    Maravilho texto!

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  2. Lembro dos peitos da minha avó: caídos, murchos, amamentaram quinze filhos - desculpava-se. Que nada, para o corpo, pior que o tempo é a hereditariedade. pés feios de papai; peitos caídos de vovó; graças a Deus, escapei da bumda plana de mamãe...rs. Vale mencionar com muito orgulho: na juventude era deliciosa e não acreditava em meu potencial; hoje acredito e desfilo meu declinio físico como se fosse modelo internacional (plus size - aqui vou eu!). kkkkk...

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  3. o corpo conta a história do passado. a mente arrisca, inventa o futuro. de qual mais gosto ? muita dúvida, um eu pego o outro não, um me pesa e o outro é leve. quero os dois !

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  4. É da mente subir; do corpo é que é cair. Incompatibilidade dos gênios, que se há de fazer?

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  5. Isso quando ela não teima e aprende com o corpo a descer. Esquecer, por vezes, faz parte.

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