terça-feira, 5 de abril de 2011
quinhentos
meu pai me pedia para datilografar as notas promissórias e as cartas que ele escrevia para os clientes. gostava de começar assim: "referente seu pedido...". ele gostava da palavra referente. achava muito sofisticada e se considerava praticamente um brasileiro quando dizia referente. também gostava de "nunca diga dessa água não beberei" e de "isso são outros quinhentos".
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Dar muito gosto usar uma expressão nova e bonita, dessas que vamos catando em jornais, revistas, romances e livros diversos. Mas então algumas se nos apregam no palavreado e nos são como carrapatos, e só a muito custo é que nos livramos delas.
ResponderExcluirParabéns, Noemi!
Éstá sendo muito bom te ler!
meu pai falava: Uma beleeeza! Enfatizando no eeee sua alegria de viver.
ResponderExcluirQue alegria ler esse texto... eu também tinha que usar o "referente" nos orçamentos que meu pai pedia para eu datilografar. E eu usava muito também "duas demão de zarcão internacional" quando ele precisava especificar como iria pintar os portões. Sorrisos para você.
ResponderExcluirReferente, quase não uso, mas é algo que rima, apesar de feia e indigesta (acredito eu). Mas aí, são outros 500
ResponderExcluirsabe o que é bom? seu pai não se esgota nunca. putz... esse é o blog mesmo.
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