quando acontece o estranhamento de algo já muito conhecido - como, por exemplo, perceber o nome de uma rua por onde sempre se passa- esse algo não se ganha; ele se perde. é nessa perda que se abre o buraco para a poesia, que, por sua vez, só se faz a partir de buracos.
buracos de todos os buracos, para todos eles, que o sejam buracos de buracos e para sempre buracos, livres, incertos, voejantes, dentro deles mesmos, como buracos-buracos, roncadores naquele escuro belo, onde todos eles se encontram e se tocam...
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