quarta-feira, 20 de abril de 2016

falcão selvaaaaaageeeeeem

matisse, bach, caetano veloso, uma montanha, um cornetto na padaria, uma cerveja, a cachorra e o pelo dela, ainda o rabo dela abanando amoroso, ler patti smith, comprar um terreno caríssimo na praia, que não vale nada, mas alegra, como ela fez, dar cinquenta reais para alguém e ficar mais leve, comprar um bilhete inútil de loteria, cantar a música antiga do lenine desafinado: "o falcão selvaaaaageeem, o falcão selvageeeeem". tudo isso não é fugir. ou melhor, é fugir sim. é distrair-se, e distrair-se é sair dos trilhos. e sair dos trilhos é voltar para o mundo. porque o mundo é uma bola e, como disse o desafinado heráclito, pantha rei. por isso, fujo. fujo para voltar ao lugar certo.

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