domingo, 21 de novembro de 2010

futuro

todo nosso escopo de memória só se refere ao passado, mas eu quero também uma memória do futuro. lembro do meu tataraneto brincando de serra, serra, serrador quando ele será bem pequenininho e depois, já adulto, lembrando-se disso. meu tataraneto terá o nome de pedro e nunca saberá da minha existência, mas eu sempre me lembrarei dele, sem mágoa alguma por isso.

2 comentários:

  1. Que pensamento maravilhoso. Engrandece nossa vida, a dos que virão e não dá ao passado um poder maior do que ele merece.Ao presente um sabor de "tudo é passageiro', o que nos custa tanto a realizar.
    Gostei.
    Beijos,
    Maice

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  2. Professora querida,
    seu texto me lembrou um livrinho simpático que tenho há anos... Sonhos de Einstein, de Alan Lightman, conhece? São pequenos contos sobre o tempo, todos muito bons. E lendo você me lembrei de um, especificamente, onde o tempo corre para trás. "Um pêssego marrom, murcho, é retirado da lata de lixo e colocado na mesa para ficar rosado. Ele fica rosado, endurece, é levado em um saco de compras para a mercearia, colocado em uma prateleira, removido, encaixotado, devolvido à árvore com botões rosados." E por aí vai. O conto se chama 2 de junho de 1905.
    Um beijo,
    Juliana.

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