na porta da estacionamento do supermercado, uma mendiga toda enrolada em cobertores velhos, deitada sobre metade de um colchão rasgado e cercada de caixotes e sacolas por todos os lados, fazia avidamente um caça-palavras.
Num canteiro central da Avenida Pedroso de Morais, em São Paulo, mora há muitos anos um mendigo. Com o trânsito parado, me vi ao lado dele, que falava sozinho, alto, como se conversasse com alguém. Abaixei com cuidado o vidro do meu carro, para escutar. A primeira frase impressionou: "Na Bienal do Livro de 1984, eu..."
meus livros: livro dos começos (cosac & naify); írisz: as orquídeas (companhia das letras); o que os cegos estão sonhando (ed.34); a verdadeira história do alfabeto (companhia das letras); todas as coisas pequenas (hedra); do princípio às criaturas (capes); folha explica macunaíma (publifolha); ver palavras, ler imagens (global);quando nada está acontecendo (selo martins)
palavras! é só o que resta para caçar.
ResponderExcluirNum canteiro central da Avenida Pedroso de Morais, em São Paulo, mora há muitos anos um mendigo. Com o trânsito parado, me vi ao lado dele, que falava sozinho, alto, como se conversasse com alguém. Abaixei com cuidado o vidro do meu carro, para escutar. A primeira frase impressionou: "Na Bienal do Livro de 1984, eu..."
ResponderExcluirCaçou tanta coisa e não encontrou nada. No caminho de volta, se dedica a caçar palavras pra tentar entender.
ResponderExcluirEncontro de gênias.
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