quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

nós

a tendência -inclusive minha - é achar que os sinais do inconsciente (os sonhos, os deslizes, os atos falhos) é que revelam a verdade de algum mítico "eu". mas por que não pensar que as formas como o ego, a razão, a inteligência, sei lá, contornam e administram o inconsciente também fazem parte desse mesmo "eu"? por que achar que os caminhos que a consciência usa para lidar com esses sinais são menos verdadeiros? nossos eventuais disfarces também não somos nós?

5 comentários:

  1. Penso nos sonhos como uma maneira de organizar situações conflitantes, sempre na busca de realização. Faz parte de quem sou. Um ser em busca e, se a busca acaba, acaba-se a vida. No mais, o sonho é resultado do que comemos. O inconsciente de Freud, na minha humilde opinião, surge como um “velho” controlador. Tenciona decidir sobre nós quais conteúdos nos devem ser revelados. Usando sua palavra, é “mítico”.

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  2. “Se quiser dizer que existo, direi: ‘Sou’. Se quiser dizer que existo como alma separada, direi: ‘Sou eu’. Mas se quiser dizer que existo como entidade [...], direi: ‘Sou-me’.” Fernando Pessoa

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  3. não há separabilidade, os pedaços dos nós, somos nós!

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  4. esses nossos recursos de nos escondermos acabam mais é nos revelando. só não vê quem não quer.

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