quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

madame

debaixo da polidez impecável do parisiense mora um ogro terrível. bonjour madame, desolee madame, silvouplaites madame, je vous en prie madame,  pardon madame. mas trisque um dedinho do plano pré-estabelecido das trocas fáticas e o ogro aparece: ficou louca, madame? pode esperar um pouco, madame? já não ouviu o que eu disse, não entendeu, madame? quer falar francês, então fale direito, madame.
madame não gosta que ninguém mexa com ela. madame fica brava.

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