quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
orelha
depois de ter entrevistado o philip roth e ele ter feito com que eu me sentisse como uma adolescente lobotomizada e fã da victoria beckham, pela fleugma com que ele respondia a tudo e pela certeza incontornável dos seus nãos, fiquei vagando por nova iorque como uma zumbi boba. primeiro, entrei na takashimaia, uma loja de departamentos japonesa caríssima e com as coisas absolutamente mais lindas que eu já vi, fui ao salão de chá e pedi um chá com biscoitos de cinquenta dólares. tomei o chá como uma lady, mas não foi o suficiente para me recuperar. saí de lá e, subitamente, encontrei a solução. entrei numa loja da disney e comprei um dumbo. pronto, me curei da fúria incansável da genialidade e me amparei nas orelhas burras de um velho amigo legal.
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Que delícia de aventura, Noemi. Sorte que há certas orelhas que abraçam a gente em momentos de epifania como esse...
ResponderExcluirBeijos.
Descobri porque adoro vir aqui: vejo o escritor na minha frente e saio com você pela cidade em que nunca estive e juntas nos agarramos no Dumbo. As vezes você nos leva para lugares lindos, outras doloridos mas o mais bonito é que sempre estende as mãos aos seus leitores. Obrigada, Márcia
ResponderExcluircomo você faz isso?
ResponderExcluiré incrível.
Puxa, há mesmo sincronia entre nós. Como disse no meu comentário sobre o texto Amor, fui passar uma semana em Nova Iorque (voltei faz dois dias), e levei pra ler um livro do Philip Roth (Everyman), que até agora está me doendo. Eu não me encontrei com o Dumbo, mas passei 6 dias maravilhada com esta cidade que eu não conhecia. Tudo é lindo, grande, engraçado, glamuroso. E esse consolo que você ergue como um estendarte contra a lucidez sem saída do Roth, eu ergo junto com você, reinvindico e berro, quero ele pra todos nós, Mr Philip, mesmo que o senhor prefira o não.
ResponderExcluirqueriiiida, que maravilha! Empresta o Dumbo pra mim? bjs.
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