quinta-feira, 11 de outubro de 2012

it

a hipótese pode ser estapafúrdia, mas é poética: a impossibilidade, em inglês, de criar orações sem sujeito e sem predicado, é que faz dos americanos e dos ingleses povos tão mais pragmáticos do que os falantes do português, por exemplo. afinal, com essa exigência, torna-se sempre necessário saber quem agiu, quem sofreu a ação, de onde se veio, para onde se vai. como deve ser difícil não poder dizer simplesmente: chove. por quê e para quê: "it rains?", uma espécie de "isto chove"? e a dor, então, de não poder dizer "eu sinto", "eu preciso", "eu quero", mas sempre "i feel it", "i need it", "i want it". por uma gramática dessubjetivizada e desobjetivizada, abaixo os its!

2 comentários:

  1. Oi Noemi!
    Gostei do texto. Deve ser por isso que somos mais complexos, intensos, exigentes... [sorri]
    Prazer estar aqui! Com tempo, venha ler e comentar OS DOZE ZUMBIS & A CADELA BRAMA no http://jefhcardoso.blogspot.com
    Abraço e um excelente feriado!

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  2. Não se perca "do it".
    Português também tortura com seu/sua no sentido de dele/dela.

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