quarta-feira, 17 de outubro de 2012

yir

ir, pela língua, a lugares que não conhecemos. falar vaciniáceo, kwarmatwi, labaça-obtusa e gabarolas. ouvir línguas que não sabemos: dungidjau, yir yoront, apolista e krenjê. rimar éter com suéter e ridículo com tico-tico. ouvir só a prosódia das conversas. imitar as falas dos outros. repetir, repetir. dar nomes errados aos objetos e estabelecimentos: açougue, que palavra absurda. juntar palavras para formar novos substantivos: nariz-cadeira e pó-pé. aproximar significados pelos sons: chuva e luva, crocante e credo. não entender, nunca, o que significa ativo líquido.

Um comentário:

  1. Já que ninguém comentou este, comento eu. No livro, "i never promised you a rose garden", sobre uma menina esquizofrência, e seu processo, seu mundo se chama Yr. Como estou lendo olivro, pensei que tivéssemos tido uma transmissão eletromagnética de leituras, como tivemos uma dia quendo estávamos em busca de um tempo perdido.

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