segunda-feira, 25 de março de 2013

fisofolia

sabe aquela piada do português que, ao ver um amigo carregando um aquário, infere que deve ser um presente para os seus filhos e que, portanto, o camarada é casado e portanto não é homossexual? e, em seguida, ao ver outro amigo passando na rua sem um aquário, infere imediatamente que, se ele não carrega um aquário, é homossexual? pois bem, dizer que quem é contra o racismo, o sexismo e o machismo também é favorável aos direitos dos coprofílicos ( quem faz sexo com fezes) é seguir a mesma linha de raciocínio. isso é o que eu chamo de fisofolia.

apud texto de hoje, vinte e cinco de março, em coluna de um jornal de são paulo.

3 comentários:

  1. o verso sempre pode ser um poema, assim como o verso pode ser a contracapa, assim como pode querer ser o reverso ou o inverso de questões intrincadas. cada qual dardeja - português ou turco - as suas convicções (des)temperadas. quanto as filososfices, querendo ou não, eu sempre acabo as louvando!...

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  2. fiquei pensando nos peixinhos se beijando no aquário, alheios às mãos que os transportaram ou àquelas que os deixaram de transportar; alheios às filosofias de uns e tb às fisolofias de outros. apaixonados, nadam nas águas saturadas do aquário; talvez, alheios à memória das águas mais limpas e profundas do oceano de onde vieram. não só os homens se afastam da natureza... olho os peixinhos que continuam nadando... estão apaixonados, deveras.

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