terça-feira, 20 de agosto de 2013

relação

qual é o custo benefício? o custo é quarenta, o benefício é qualidade razoável, entendeu? portanto, a relação é vantajosa, já que qualidade razoável por quarenta é um bom negócio. em outros lugares, a qualidade razoável custa no mínimo cinquenta, cinquenta e cinco, por aí. sei que tem lugares onde você encontra qualidade razoável até por trinta e cinco, mas daí já são exceções e sempre é preciso desconfiar quando o custo da qualidade razoável é menos de quarenta, compreende? eu, por exemplo, ontem, comprei uma qualidade razoável por quarenta e dois, então o custo que estou lhe passando é realmente benéfico. a relação então, nem se fala. porque o que me preocupa é a relação.

3 comentários:

  1. estranho mundo de custo benefício, de agregar valor. as relações de quem com quem, quanto custa, pelo benefício que ganha ou não. as relações de amizade,trabalho, a- gregam ou não valor? Se não, sem, se sim, com. estas combinações de relação, não foram as que agregavam aqueles adolescentes, todas as noites, numa rua do bairro do Flamengo, para falar de um tudo um pouco, muito ou demais.anos 60, no seu começo. Relação de nomes dos que entraram naquele ano, para a Faculdade, relação de nomes de "pessoas" procuradas pelo regime militar, Rua da Relação, desembocamos num tobogã, todos cheios de arranhões , nos anos 80 e aí começou a insidiosa estranheza do custo/benefício,de agregar valor! Ah, mas sempre houve, dirão, tinha outro nome, Pode ser.já então ouvia, de um conhecido, o título da obra de um artista plástico: Some do, some not. muito, muito ruim ouvir. Mas ainda assim, continuou. Análise, desde adolescente, continuou. Chegou a academia, mas o custo/beneficio da relação aluno-academia, foi contaminado pelo escrito de tom confessional e não conseguiu defender sua tese. Final dos anos 90. E ai começa uma história de viver na estranheza, mesmo.

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  2. e o que vai junto na relação? a lua que hoje está mais linda? as estrelas que quando caem do céu já tem donos? a barata? porque para Clarice Lispector " há vários modos que significam ver: um olhar o outro sem vê-lo, um possuir o outro, um comer o outro, um apenas estar num canto e o outro estar ali também. a barata não me via diretamente, ela estava comigo. A barata não me via com os olhos mas com o corpo." mas Clarice já se foi. e quem ainda está? qual o custo X benefício? medições humanas apavoram.

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  3. valores presentes – oh ânsia; valores ausentes- quanta dor desfrutada diretamente deste coração vago; outras horas que custam; sementes do olho da cara; um atrito, um vício, a mesma medida para o outro. depois, quem diria que as medidas medem o custo,(?) enquanto os que pagam sentem-se ultrajados. isso sem contar com aqueles que amam tirar vantagens e recebem preços estranhos por mercadoria valiosa...

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