terça-feira, 9 de junho de 2009
telefone
deitamos um ao lado do outro e começamos a ler juntos o primeiro capítulo de sobre amor e trevas, do amos oz. logo no início ele conta que, em jerusalem, na década de quarenta, a família toda se reunia mensalmente para ir até a farmácia mais próxima e fazer um telefonema para a outra metade da família que estava em tel-aviv. tudo isso era precedido por cartas, preparativos, rituais e, no dia combinado, todos se vestiam com capricho para ir até a farmácia fazer o telefonema. quando finalmente a ligação se completava, a conversa era sempre: como estão? alguma novidade? por aqui também não. vamos nos telefonar novamente no mês que vem, está bem? sem falta. e assim terminava a função e todos voltavam para casa. rimos tanto, com tanto carinho, que chegamos a chorar de rir. hoje não nos vestimos mais para fazer um telefonema, mas, por outro lado, rimos felizes e nostálgicos de lembrar desse tempo que não vivemos, o que não é mesma coisa, mas é muito bom também.
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