domingo, 23 de maio de 2010

silêncio

acho que uma das maiores e mais brutais formas de exercer o sadismo, na profissão, é travesti-lo de neutralidade, de ciência ou de serviço informativo. esses escudos servem para proteger uma alma "sacana" de quaisquer perversões. o silêncio, para mim, também é uma das piores formas de exercer o poder. contra ele, não há rebeldia. o silencioso profissional é uma espécie de covarde. como prefiro a possível covardia da condescendência, bem mais exposta e explícita, permitindo brechas e réplicas. mas, acima de tudo, o que prezo, no trato profissional, é a não neutralidade. dizer elegantemente o que se pensa e não se escorar em críticas vicárias. saber estar ao lado de quem se gosta, sem protecionismo. saber estar ao lado de quem não se gosta, sem armadilhas.

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