domingo, 12 de dezembro de 2010
tornado
na bienal há um vídeo de um homem que caminha peremptoriamente na direção de um tornado, e não contra ele, como todos. ele vai em sua direção até entrar dentro dele, com a câmera na mão. lá dentro, ele conta ter sentido paz e silêncio. o tornado é um bloco, uma coisa de ar maciça, um tigre de ar. que lindo ir na direção do monstro, morar dentro dele e sentir-se em paz. sei que a arte é sempre morrer de alguma forma e que sem essa morte não há vida possível.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Fiquei muito impressionada com esse trabalho. A voz do tornado é a de um monstro rugindo, ameaçador. Mas também é um chamado, um canto de sereia que hipnotiza o artista.
ResponderExcluirVocê deu palavras ao que eu vi. Obrigada!
Eu amei. Encomendei o livro. Passei meia hora diante daquela projeção. E eu, tornado calmo com os dias, mas ainda tornado; não mais tornado completo, tornado outro, tornado um quase tornado, um transtornado; não: apenas e ainda um tornado, um que anda dormindo muito.
ResponderExcluirpara chegar é preciso partir...
ResponderExcluir