quinta-feira, 7 de junho de 2012

choro

não sei se é a aproximação lenta, mas certa, da velhice; se é o outono; se é a ideia de que os filhos inevitavelmente partem; se é a mesa posta, a casa arrumada; se são a segurança e insegurança acumuladas; se é a torta de tâmaras que comi faz três meses, mas tenho chorado como o diabo, por qualquer coisa que nem lembra alguma emoção. ontem, só de ver o luis tatit caminhando pela rua, carregando sua mala de professor, comecei a chorar. mas, pensando bem, existe algo mais emocionante do que uma pessoa tão linda, com a música brasileira dentro da mala, caminhando na rua numa noite de chuva?

8 comentários:

  1. Lindíssimo texto! Deu vontade de chorar também![...]

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  2. Tem coisa mais emocionante do que uma pessoa linda e sensível como você, capaz de se emocionar com o professor caminhando numa noite de chuva com a música brasileira na mala? Adorei, Noemi.

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  3. Eu teria chorado muitas lágrimas. Lu Gerbovic

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  4. Tem! Uma pessoa como você transformar sua emoção na minha.
    beijo, Maice

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  5. Eu choro sempre e em todo lugar. Quando ouço ou leio algo, se uma imagem me impacta. Sou suscetível a provações planejadas ou involuntárias.

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  6. "É o tempo versus prioridades versus necessidades versus sonhos versus possibilidades e fim". Ou - É o sentir quando a mente, o coração e a alma finalmente habitam a mesma casa - mas já estamos de saída... beijos.

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  7. que bonito. não conhecia esta casa, mas visitarei com frequencia.
    boas caminhadas!
    abs

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  8. Você é normal, Noemi, mas infelizmente está entre as exceções. E Luis Tatit merece mesmo tanta emoção. E por falar em Tatit, se você quiser se acabar de chorar, assista "O rato", de Paulo Tatit e Edith Derdik. Não tem coisa mais linda.

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