terça-feira, 2 de junho de 2009

ping

numa loja de artigos esportivos, havia algumas mesas de ping-pong disponíveis. o david me chamou para uma partida. começamos e eu logo me dei conta de que a minha visão já não conseguia mais acompanhar direito os movimentos da bolinha. ficava oscilando os olhos entre o david, que tem um metro e noventa e seis e a bolinha, que tem cinco centímetros. eu o olhava, com dezessete anos, a mesma idade que eu tinha quando jogava muito ping-pong e à bolinha, que denunciava minha idade graúda. assim, jogava ping-pong de verdade e com meus olhos e memória também, que iam e vinham, do meu passado para o presente transformado naquele menino grande, e do presente de vista cansada para o passado daquela menina que ainda nem sabia de nada disso.

Um comentário:

  1. ei noemi,

    fiquei feliz que você linkou meu incipiente blog!

    tenho gostado de ler os seus textos, ping pra você!

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