terça-feira, 28 de julho de 2009

cornetto

uma e meia da manhã e eu resolvi que queria de qualquer maneira comer um cornetto de charge. o charge já é o chocolate em si. o amendoim, o chocolate, o crocante e a goma que puxa fazem com que ele se pareça mais com um produto de um tempo artesanal e não propriamente industrial. o nome coincide com o conteúdo de uma maneira que comer um charge, para mim, lembra uma atividade da ordem do poético. mas cornetto de charge é melhor. o cornetto também é uma invenção perfeita, de industrialização da casquinha e de evocação de uma infância perdida. aliás, o charge lembra um torrone que eu comia no parque trianon com minha mãe e de que só eu me lembro em toda a cidade, o torrone raquel. circulamos por toda a zona oeste atrás de uma geladeira da nestlé, mas só tinha da kibon, cujo mega, mesmo o de chocolate belga, não chega aos pés do cornetto de charge. numa padaria que fica aberta vinte e quatro horas havia uma geladeira da kibon e outra de uma marca italiana chique que vende picolés de capuccino e cookies com menta a seis reais. acabei comprando um desses. não chega aos pés do cornetto de charge. muito pouca coisa chega.

3 comentários:

  1. Nossa, o torrone Raquel... Aquilo era bom demais. Será que ainda existe?
    ...
    Vou procurar e te aviso.
    beijo

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  2. silvana, você conhece! que alegria!

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  3. Adoro cornetto no meio da madruga. Antes de sair da Mercearia eu sempre pego um pra vir comendo/chupando no taxi quando volto pra casa, depois de muitas cervejas. bjs

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