terça-feira, 21 de julho de 2009
tailleur
ela era bonita e sensível e casada com um membro da guarda nacional britânica, rico e austero. ele só usava ternos e ela, tailleurs. um dia ele a traiu. ela tentou o suicídio. na clínica de reabilitação, ela conheceu um chef de cozinha italiana, que também tinha tentado o suicídio, parece que por depressão. apaixonaram-se. hoje eles cuidam de um dos maiores resataurantes de comida italiana da inglaterra, cuja principal freguesa é, justamente, a rainha elizabeth. não importa se a vida imita a arte ou se a arte imita a vida; também não acho que seja a improbabilidade que torna essa história tão bonita. penso que quanto mais a vida se afasta desesperadamente da morte, mais morta ela fica. é preciso ter a morte por perto como possibilidade: os fins, as perdas, o tempo. sem isso parece que a vida fica como um tapete liso de ternos e tailleurs.
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que bonito isso
ResponderExcluirlindo....
ResponderExcluirdesculpe interromper a poesia, mas essa história é uma verdade verdadeira? escrevo sobre comida, ela me interessa de todos os ângulos!
nana
calungacorderosa.blogspot.com
é verdade mesmo! esse chefe de cozinha tem inclusive um livro em português sobre culinária italiana!
ResponderExcluirque legal, noemi! qual é?
ResponderExcluiro nome dele é carluccio, nana. vi que você escreve no paladar, que legal! poderia fazer uma história, né?
ResponderExcluirahan! pensei nisso! oba, vou procurar. e te aviso.
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