sexta-feira, 4 de outubro de 2013

elegância

a solidão de um sim, de claro, de vamos, de como não?, de uma elegância, mas mais ainda a solidão desse não, do buraco deixado pela falta daquele sim, que hoje é só falta de potência, não atinge a certeza do não e fica engasgado na iminência, na iminência, antes que, mas se, e se, e eu, mas como.

3 comentários:

  1. "a solidão da elegânca"! que bela metáfora, como uma garça indelevelmente pura, vivendo em um lago inconspurcado!

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  2. Ou a elegancia da solidao.
    Viver e ser se so.

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  3. a "solidão da elegância", pode ser uma armadilha muito sofisticada, no mínimo dia-a-dia da roupa, da fala, do café. requintada, travestida, descabelada. ela incomoda, perturba, esvazia, transborda na elegância de perguntar. ela fica cansada, muitas vezes, todos os dias, tem muitos anos. Tem, porque até hoje o verbo haver é difícil para conjugar com o "ver" do tempo da vida. e ver, será tão elegante quanto olhar? menos solitário? plural? não sei. e hoje é domingo, o dia da semana sem nenhuma elegância.

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