sábado, 25 de julho de 2009

dor

depois de uma tarde de bicicleta com o david, o dia seguinte trouxe dores fortes nas costas. manco, arrasto a perna, nenhuma posição alivia muito. a dor não é escandalosa, mas contínua e precisa, parecendo executar um trabalho planejado e paciente, embora gratuito. o mundo, nos dias frios e nublados, e na posição horizontal em que fico a maior parte do dia, é um mundo diferente. as coisas como que se arrastam, pesadas e as pessoas viram personagens de um livro que estou lendo ao vivo. o que você quer comer? macarrão. quer que traga um suco? quero, por favor. de repente, no meio do suco, quero saber: o que você nunca perdoaria em alguém? suco, conversas sérias, sonhos estranhos se misturam para quem tem uma dor. ela vai passar, mas, para todos os efeitos, vai deixar sua inscrição e passagem no líquido entre as vértebras e na minha vida. as dores falam.

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