quarta-feira, 9 de junho de 2010

filosofia

estava em éfeso, na turquia, onde conheci dois professores de filosofia de uma universidade americana. ficamos todos hospedados num hotel de quinta categoria, a dois dólares por noite. a cidade antiga, onde estão as ruínas romanas mais bem conservadas do mundo, fica fechada à noite. eu tinha visto alguns instrumentistas se dirigindo à entrada da cidade e resolvi segui-los. na entrada, ninguém nos bloqueou, provavelmente porque concluíram que éramos acompanhantes dos músicos. eles rumaram para as ruínas totalmente intactas de um anfiteatro romano. havia centenas de pessoas sentadas lá e o resto da cidade estava todo iluminado e completamente vazio. era possível ver as ruas, as casas, a escola, a biblioteca, tudo como se fosse em roma antiga. o público do teatro eram os passageiros de um cruzeiro chique americano e os músicos iriam tocar um concerto para eles. sentamos e fingimos também ser passageiros chiques. os músicos eram meio mambembes, mas isso só fez aumentar a beleza do lugar e da atmosfera. no intervalo do concerto, a hostess se aproximou de nós três e perguntou: "desculpem, vocês pertencem ao navio?" nós dissemos que não. ela se desculpou e disse que, nesse caso, precisaríamos nos retirar. o concerto era exclusivo. um dos filósofos, de inteligência rápida e tipicamente americana, soltou imediatamente: "tudo bem. já fui expulso de lugares bem melhores." duvido.

6 comentários:

  1. Você já postou sobre isso antes?, tenho a impressão de já ter imaginado essa cena em algum tempo.

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  2. Prof,
    eu também, ou vivi isso em outra vida ou já li aqui no seu blog!
    Beijo,
    Juliana.

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  3. puxa, juliana e joão! deve ser algum fenômeno paranormal, porque não tem nada parecido no blog.
    beijos!

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  4. nossa, mas eu ia comentar exatamente isso! eu já li isso, em algum lugar...rs

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  5. há, sabia! post seu, do dia quatro de setembro do ano passado... ;)

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  6. por que nunca ouvi essa historia?

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